A partir do dia 31 de março, todos os medicamentos comercializados no Brasil sofrerão um aumento de 12,5%, conforme determinado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Neste ano, o cálculo do reajuste anual apresentou algumas novidades importantes.
Pela primeira vez em dez anos, o índice fica abaixo da inflação. Além disso, ao contrário de anos anteriores, o reajuste será o mesmo para todas as categorias de medicamentos. A principal motivação para tal foi o índice de produtividade da indústria, que neste ano ficou negativo, ou seja, a mão de obra contratada produziu menos que no ano anterior.
Até então, eram definidos três percentuais diferentes de aumento, considerando a participação dos genéricos em cada categoria de medicamento. Para os produtos cuja concorrência com genéricos era maior, o percentual de reajuste era mais elevado para compensar possíveis perdas entre segmentos.
Como não seria possível inserir um índice negativo na fórmula do cálculo do reajuste, o governo optou por considerar o valor igual a zero. Com fatores de produtividade nulos, não se mostrou necessário fazer essa compensação, por isso um reajuste linear.
“O cálculo do governo mostra com clareza que até a indústria farmacêutica, normalmente menos prejudicada por crises econômicas, está sendo atingida pelo momento difícil que o Brasil enfrenta”, afirma o presidente executivo da Interfarma, Antônio Britto, por meio de nota oficial divulgada pela entidade.
Foto: Shutterstock
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