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Álcool e remédio é proibido? Conheça todos os riscos envolvidos

Introdução

Uma das dúvidas mais comuns dos pacientes é sobre como o álcool interage com medicamentos. 

Afinal, ao ingerir bebida alcoólica, o efeito do fármaco diminui, aumenta ou pode causar graves problemas de saúde?

Todo medicamento é eliminado do corpo em um determinado tempo previsto e, como a bebida altera o metabolismo, a eliminação pode ocorrer antes ou depois do tempo, prejudicando o tratamento.

Além disso, o uso de bebidas alcoólicas traz diferentes riscos a saúde dependendo de qual medicamento foi utilizado. 

Aqui falaremos sobre alguns dos principais medicamentos e os riscos que a ingestão de álcool em paralelo a eles pode trazer. Alguns deles são: antidepressivos, corticóides, anticoncepcionais, suplementos alimentares, entre outros.

Porque faz mal misturar álcool com medicamentos?

A maioria dos medicamentos, assim como o álcool, é metabolizada no fígado. Desse modo, essa mistura pode demandar muito trabalho do órgão.

Isso porque pode potencializar o efeito do remédio e intoxicar o organismo, ou ainda atrapalhar o efeito terapêutico.

Assim, não é indicado misturar bebidas alcoólicas com medicamentos.

Principais sintomas

Os principais sintomas de consumir álcool com remédios é uma maior rapidez na eliminação do medicamento. 

Assim, podendo atrapalhar o tratamento e a eficácia do mesmo.

Além disso, essa interação pode causar danos ao fígado, tontura e outros sintomas que citaremos ao longo do texto.

Quantas horas depois de beber posso tomar remédio?

O tempo indicado para beber após tomar um remédio depende das substâncias do medicamento e do motivo da ingestão.

De acordo com a hepatologista do H9J, Dra. Marta Deguti: 

“Ao tomar um medicamento para curar uma enxaqueca, por exemplo, é recomendável esperar no mínimo 24 horas para ingerir bebidas alcoólicas. No caso de tratamento com antibióticos ou anti-inflamatórios, o tempo deve ser maior, varia de pessoa para pessoa, mas é importante perguntar ao médico”, comenta.

Interações medicamentosas com álcool

Confira algumas das interações conforme o tipo de medicamento:

Anti-inflamatórios

O álcool aumenta a eliminação do medicamento pelo corpo, diminuindo o efeito do medicamento. Pode ocorrer uma sobrecarga do fígado já que a bebida e o medicamento serão metabolizados no órgão.

Dessa forma, não é recomendado o consumo de bebidas alcoólicas com anti-inflamatórios.

Corticoides

Como o medicamento é derivado do colesterol, ou seja, tem muita gordura e é metabolizado de maneira mais lenta. A bebida pode atrapalhar o efeito esperado pelo médico.

Analgésicos e antitérmicos

No caso do Paracetamol e da Dipirona, a velocidade de eliminação do medicamento do sangue será mais rápida com a bebida, fazendo o efeito ser menor.

Se a pessoa continua bebendo ao tomar este medicamento, o efeito não será efetivo no organismo. O ideal é orientar a não beber enquanto está fazendo o tratamento.

Azitromicina e álcool

O álcool é uma substância irritante para a mucosa gastrointestinal. A azitromicina leva frequentemente a quadros de dor abdominal, vômitos, náuseas ou diarreia. 

Dessa forma, a mistura de doses elevadas de álcool com antibióticos é desaconselhada por potencializar esses efeitos adversos. 

Amoxicilina e álcool

Não é indicado o uso concomitante de bebidas alcoólicas com amoxicilina pelo mesmo motivo explicado anteriormente. 

A mistura das duas substâncias pode aumentar a chance de vômitos, náuseas, diarreia e dor abdominal. 

vitaminas e álcool

Anticoncepcionais

Assim como os anabolizantes e corticoides, tem moléculas de colesterol. O medicamento fica aproximadamente 24 horas 

no organismo e, depois, é eliminado, mas com a bebida, a duração pode cair pela metade. Isso causa problemas, já que a mulher pode achar que está protegida. 

O ideal é que nos primeiros seis meses de uso do anticoncepcional, a bebida seja diminuída.

Ansiolíticos

Os medicamentos ansiolíticos são os calmantes e a ingestão deles com bebidas alcoólicas pode aumentar o efeito sedativo, bem como a insuficiência respiratória e o risco de como. 

Anti-histamínicos

Estes medicamentos podem apresentar interações com o álcool. Isso porque eles podem aumentar o efeito e os efeitos colaterais do remédio. 

Além disso, não é recomendado o uso de nenhum medicamento com álcool. 

Antidepressivos

São medicamentos que vão diretamente para o sistema nervoso central. Inicialmente, as bebidas alcoólicas aumentam o efeito do antidepressivo, deixando a pessoa mais estimulada. 

Porém, após passar o efeito da bebida, a depressão pode aumentar por fatores como ressaca e preguiça.

Ivermectina

É recomendado cautela ao administrar o Ivermectina com outras substâncias que deprimem o Sistema Nervoso Central, como bebidas alcoólicas e remédios para o tratamento de ansiedade, insônia e alguns analgésicos.

Lansoprazol

O uso de bebidas alcoólicas durante o tratamento com o Lansoprazol aumenta os efeitos do álcool e os efeitos colaterais do medicamento.

Hixizine

Não é indicado o uso concomitante de Hixizine com substâncias depressoras do Sistema Nervoso Central, como medicamentos para depressão, ansiedade e outros distúrbios psiquiátricos, bem como com bebidas alcoólicas. 

Isso porque, de acordo com a bula do medicamento, a ingestão de Hixizine e álcool pode ter o efeito seu efeito sedativo potencializado.

Consulte seu médico e respeite o tempo de prescrição, evitando o consumo de bebidas alcoólicas no período.

De acordo com a bula do medicamento:

“A absorção da vitamina B12 no sistema gastrointestinal pode ser reduzida pela administração de aminoglicosídeos, colchicina, potássio em formulação de liberação ptolongada, mesalazina, anticonvulsivantes (fenitoína, fenobarbital, primidona), irritação com cobalto no intestino delgado e pela ingestão excessiva de álcool por mais de duas semanas.”

álcool e remédio faz mal?

Vitamina E

Não há relatos sobre interações medicamentosas com a Vitamina E. Contudo, não é recomendada a ingestão de álcool com nenhum medicamento.

Vitamina D

De acordo com o farmacêutico, Robson Alexandre Broch, o consumo excessivo de álcool interfere na absorção de nutrientes essenciais, levando a deficiências de minerais e vitaminas, à exemplo da Vitamina D; o consumo de álcool de forma aguda reduz temporariamente o metabolismo de fármacos biotransformados. 

“Portanto, orientamos que não se deve ingerir bebida alcoólica com qualquer tipo de medicamento, pois podem trazer consequências indesejáveis ao tratamento das patologias”, diz.

Vitamina C

O álcool pode prejudicar a absorção intestinal e aumentar a excreção renal de folato. Quando administrada junto com álcool, a Vitamina C também têm sua absorção prejudicada.

Interações de suplementos com álcool

A interação medicamentosa de álcool com suplementos interfere no processo metabólico de construção muscular. Dessa forma, atrapalha o desempenho esportivo e reduz os benefícios da atividade física.

Assim, não é recomendado o uso de álcool durante a utilização de suplementos alimentares.

O uso deste medicamento com álcool pode resultar no aumento da ocorrência ou da gravidade de ulcerações gastrintestinais.

O uso de álcool com anticoncepcionais pode reduzir pela metade o tempo que o medicamento fica no organismo. 

Por exemplo, se o medicamento fica no organismo durante 24 horas, com o uso de álcool o medicamento pode ficar por apenas 12 horas ou menos.

Por isso, a mulher pode pensar que está protegida, mas de fato não estar. Assim, recomenda-se reduzir o uso de bebidas alcoólicas nos primeiros seis meses de uso do anticoncepcional.

Leia mais informações sobre o uso de anticoncepcionais com álcool no item: “Anticoncepcionais”.

O uso de álcool com medicamentos não é indicado, pois aumenta a eliminação de urina, podendo acelerar a excreção das substâncias.

É indicado evitar o consumo de álcool durante os 15 dias após a aplicação do medicamento.

Fitoterápicos e remédios naturais

Não há relatos sobre interações medicamentosas com remédios naturais como fitoterápicos e outros.

cerveja e medicamentos

Cerveja sem álcool

Não existem prejuízos a saúde resultantes da interação medicamentosa de cervejas sem álcool com medicamentos. 

Isso porque a cerveja sem álcool não possui nenhum ingrediente que altere o efeito e a ação dos medicamentos.

Assim, o consumo de cervejas e outras bebidas sem álcool junto com medicamentos não apresenta riscos à saúde do paciente ou ao tratamento, podendo ser consumidos normalmente.

Outras interações medicamentosas conhecidas que você precisa evitar

  1. Antiácido e antibiótico: eles podem comprometer a efetividade um do outro e é recomendado pelo menos uma hora de intervalo entre a ingestão de um e outro. 

  2. Medicamento para emagrecer + antidepressivo: a associação dos dois pode inibir as enzimas que metabolizam as substâncias, potencializando reações adversas dos medicamentos. Não é recomendada a utilização dos dois em conjunto. 

  3. Corticoide + Anticoncepcional: os corticóides podem potencializar os efeitos colaterais dos anticoncepcionais. Desse modo, não é recomendado a utilização dos dois ao mesmo tempo. 

riscos de misturar remédio com álcool

Dicas para evitar interações medicamentosas indesejadas com álcool

A interação de álcool com medicamentos é prejudicial a saúde e também ao tratamento.

Desse modo, evite ingerir bebidas alcoólicas durante esse período e consulte o seu médico sobre a possibilidade de ingerir tais substâncias. 

Ele poderá informá-lo sobre efeitos colaterais e quanto tempo após a ingestão do fármaco é possível beber sem prejuízos.

Conclusão

O uso de álcool durante um tratamento de saúde tem diferentes efeitos dependendo de qual medicamento é utilizado. 

Entretanto, não é indicada a ingestão de bebidas alcoólicas durante o uso de medicamentos em geral.

Respeite o seu tratamento e o tempo de prescrição do seu médico para conseguir melhores resultados e não causar prejuízos a sua saúde.

Dessa forma, durante o tratamento, opte por opções sem álcool, como cervejas sem álcool, sucos, refrigerantes e água.

Fonte: Portal Guia da Farmácia

Foto: Shutterstock

Não se automedique, consulte um profissional de saúde.

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