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Venda da Rede Farmais é suspensa pela Justiça


A venda da rede de drogarias Farmais foi suspensa nesta sexta-feira (01) pela Justiça. A operação de venda faz parte do processo de recuperação judicial da

BR Pharma, controladora da rede.

Os leilões de venda da Farmais, que seriam realizados neste mês, foram suspensos. O plano de recuperação judicial da BR Pharma, homologado judicialmente em 27 de novembro de 2018, previa a venda da controlada. O anúncio dos leilões da Farmais tinha sido feito no dia 14 de fevereiro. A empresa tentou leiloar a rede de drogarias já no dia 24 de janeiro, sem sucesso.

A Br Pharma informou em nota que tomou conhecimento na última quinta-feira (28) da decisão da 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. O Tribunal concedeu efeito suspensivo ao agravo interposto contra a homologação do plano de recuperação judicial. Venda por cobrir dívida

A decisão de vender a rede de franquias Farmais, que têm cerca de 400 pontos, faz parte da estratégia da BR Pharma de cobrir parte das dívidas dos credores. A empresa está em recuperação judicial desde janeiro de 2018, com uma dívida bruta que atinge R$ 1,2 bilhão.

A rede Farmais é a única em operação do grupo BR Pharma. As farmácias das redes Sant’ana e Big Ben deixaram de funcionar no ano passado. Entretanto, a Farmais enfrenta problemas de receita. Caso consiga vender a Farmais, a BR Pharma não terá mais lojas para operar. Seus centros de distribuição também foram vendidos em junho de 2018. Um destino amargo para a empresa que queria ser a maior rede de farmácias do Brasil. A empresa chegou a ter mais 1.200 unidades e um faturamento de R$ 3,5 bilhões.

A BR Pharma foi criada em 2009 pelo banco BTG Pactual, mas foi vendida em abril de 2017 para a Lyon Capital pelo valor simbólico de 1.000 reais. O fundador da Lyon, Paulo Remy, ex-presidente da construtora WTorre, assumiu o comando da empresa.

No terceiro trimestre de 2018 a BR Pharma registrou um prejuízo líquido de R$ 12,3 milhões. Mais um resultado negativo após o prejuízo de R$ 1 bilhão registrado um ano antes.

Fonte: Suno Research

Foto: Shutterstock/Farmais


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