Um dos desafios de pacientes com urticária é chegar ao diagnóstico correto. É uma jornada muitas vezes longa até descobrir a doença, que afeta o bem-estar e impacta negativamente a qualidade de vida dessas pessoas.
Existem dois tipos da doença, a aguda e a crônica. A aguda que é mais frequente, dura no máximo seis semanas e ocorre, principalmente, nas crianças e adultos jovens. Cerca de 80% das urticárias agudas em crianças aparecem após uma ação inflamatória, causadas por infecções parasitárias (ingestão de peixe cru, por exemplo), infecções por bactérias atípicas, hepatite A e B, HIV, entre outras.
A urticária aguda nem sempre requer uma investigação diagnóstica, apenas quando houver a suspeita de alergia alimentar ou a existência de outros fatores desencadeantes de alergias como uso de anti-inflamatório, por exemplo.
No caso da doença crônica, ela acontece devido a uma alteração do organismo do paciente. Tem duração prolongada, gera muito desconforto, ansiedade e pode até levar à depressão. Ela é dividida em dois subtipos:
– Urticária crônica espontânea: a mais frequente. As lesões surgem sem que se encontre qualquer fator externo responsável.
– Urticária crônica induzida: as lesões são desencadeadas por fatores externos específicos (exemplo frio, calor), identificados pela história clínica e testes de provocação.
“É preciso combater alguns mitos que envolvem a doença. Ela não é contagiosa em nenhuma de suas apresentações. A urticária crônica não é causada por alimentos e nem poeira, bem como a urticária generalizada não é sinônimo de anafilaxia. Angioedema na face não necessariamente evolui para edema de glote. Nem toda urticária necessita de corticoide e, por fim, a doença nem sempre é uma alergia”, explica o coordenador do departamento científico de urticária e angioedema da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), Dr. Régis Campos
Foto: Shutterstock
Fonte: ASBAI
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