O resultado de um teste padronizado pela equipe da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) reforça a tese de que o zika vírus está intimamente relacionado à microcefalia. O exame, feito com base na análise do sangue, identificou a presença de anticorpos neutralizantes de zika na mãe e em um bebê com a má-formação nascido Ribeirão Preto (SP).
“Essa é mais uma peça que se encaixa no quebra-cabeça”, afirma o professor de infectologia da faculdade e coordenador do estudo, Benedito Antonio Lopes da Fonseca. A equipe liderada por Fonseca prepara agora uma pesquisa que, com apoio da Secretaria de Saúde de São Paulo, vai acompanhar cerca de 3 mil gestantes até o nascimento de seus bebês. A expectativa é iniciar o monitoramento já a partir do próximo mês. “Corremos contra o tempo. O ideal é seguir as gestantes em um período em que há maior risco de circulação do zika”, completou.
Até agora, foi comprovada a presença do zika em amostras coletadas do líquido amniótico de quatro fetos com microcefalia e em três bebês com a má-formação, que morreram logo depois de nascer. As análises foram feitas pelo PCR, um exame que permite identificar o genoma do vírus em amostras ou tecidos. Todas as mães haviam apresentado sintomas semelhantes: febre baixa, manchas e coceiras pelo corpo.
Fonte: O Estado de S.Paulo Foto: Shutterstock
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