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Startup brasileira de IA prevê expansão de 25% no setor farmacêutico até final do ano

A startup brasileira Altox, que desenvolveu uma tecnologia que permite substituir testes toxicológicos em animais por um sistema que utiliza Inteligência Artificial (IA), planeja expansão em sua base de clientes do setor farmacêutico em 25% até o final deste ano, além de expandir a presença na área de cosméticos e de agroquímicos em 2020.

A empresa, fundada em 2016 com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), conta com 27 clientes da indústria farmacêutica no Brasil e fora do País, bem como em setores como cosméticos e agroquímicos.

“Temos um processo 100% limpo, evitando tanto o uso de animais, como também a geração de poluentes”, disse o diretor-técnico da Altox, Carlos Eduardo Matos, destacando que o método traz um diferencial de competitividade para as empresas. Ele não revelou dados financeiros da empresa ou citou nomes de clientes atendidos.

A Altox desenvolveu a plataforma iS-Tox, lançada no final de 2018, que utiliza inteligência artificial para a realização de testes. Isso acontece por meio de modelos computacionais que podem substituir estudos toxicológicos feitos em laboratório, como testes para detectar reações de medicamentos em animais.

“Isso trará um diferencial competitivo para nossa indústria para que consigam vender no exterior”, afirmou Matos. Na Europa os testes em animais são proibidos desde 2009, enquanto no Brasil apenas alguns Estados proíbem esse tipo de teste. Alguns desses estados são: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Alto custo na realização de exames

“Um estudo de carcinogênese em ratos, por exemplo, pode levar dois anos e custa mais de R$ 500 mil”, afirmou. Na iS-Tox, um exame equivalente que utiliza o modelo computacional dura apenas alguns segundos. Além disso, o custo pode variar, desde US$ 450,00 por teste único de um composto químico, indo até US$ 100 mil por ano para testes ilimitados.

A empresa também pretende mudar seu modelo de negócios para um sistema “Do It Yourself”, em que realiza treinamentos com seus clientes para que eles mesmos realizem os estudos.

“O ideal é que cada cliente consiga fazer suas próprias análises, consiga andar com as próprias pernas, de modo remoto. Assim, sem a necessidade de um laboratório ou um computador potente”, afirmou Matos.

Neste caso, os clientes desenham a estrutura da molécula a ser testada. Em seguida, o algoritmo da Altox avalia suas interações com as mais de 250 mil moléculas no banco de dados da plataforma. Dessa forma, disponibilizando um relatório automático com todas as informações necessárias.

“Se o cliente tiver mil ingredientes, ele pode fazer o teste com os mil sem usar animais e sem precisar sintetizar um grama desses ingredientes”, disse Matos.

Foto: Shutterstock Fonte: Reuters

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