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Segmento de farmácias e perfumarias é o único que cresce em SP

O varejo paulista passa por uma de suas piores crises. Mas um segmento tem chamado a atenção: o de farmácias e perfumarias, que consegue resistir mais às fortes retrações. Nos quatro primeiros meses de 2016, o setor foi o único que não ficou no vermelho, apresentando ligeiro aumento de 0,8% no volume de vendas, frente a igual período de 2015.

Enquanto isso, as vendas no comércio do Estado como um todo recuaram 7,6% na mesma base de comparação. As informações são da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Durante o mesmo período, o faturamento das farmácias e perfumarias cresceu 10,1% sobre o primeiro quadrimestre de 2015. Essa elevação, contudo, é explicada pelo reajuste de 12,5% nos preços dos remédios em abril.

Os dados estão no levantamento que avalia o desempenho de nove setores do varejo e é elaborado pelo Instituto de Economia da ACSP, com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.

“Há uma hierarquia no consumo das pessoas: elas priorizam remédios e alimentos e os outros produtos vêm depois. Bens de alto valor, que dependem principalmente do crédito e da confiança, são postergados pelo consumidor em épocas de crise”, explica o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti. “Já as perfumarias conseguem resistir mais porque as mulheres substituem um produto de primeira linha por um de segunda, encontrando, assim, uma forma para continuar comprando produtos de beleza”, complementa Burti.

Considerando-se todos os nove setores analisados pela ACSP, os piores resultados no quadrimestre em relação ao mesmo período de 2015 foram nas concessionárias de veículos (-18,8%) e lojas de departamentos, eletrodomésticos e eletrônicos (-17,6%), que justamente são mais dependentes de financiamento e da confiança do consumidor. “Os resultados ainda são negativos, mas há perspectivas de atenuação nas quedas até o final do ano, em função principalmente da retomada gradual da confiança do consumidor, conforme têm indicado os indicadores mais recentes”, finaliza o presidente da ACSP.

Foto: Shutterstock




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