Por Gustavo Godoy
A era digital é agora e não uma realidade distante de um filme de ficção científico. Com um universo inteiro à distância de um clique, já mudamos o modo como consumimos, nos deslocamos, nos hospedamos e até como buscamos novos relacionamentos afetivos. Ainda assim, há quem resista à urgente necessidade de adaptação.
Enquanto os motoristas de táxi continuam esbravejando contra o Uber, o Aplicativo (app) e concorrentes semelhantes seguem ganhando adeptos, sem se abalar com os protestos. Cada setor, empresário ou executivo deve escolher a postura que terá diante de uma transformação digital já vigente. O que devemos fazer então? Fincar os pés nos tempos analógicos ou ser o agente da mudança que invariavelmente irá chegar?
É preciso decidir rápido, porque mesmo setores tradicionais como a indústria farmacêutica serão impactados. Seria, no mínimo, ingenuidade crer no contrário, mas, ainda assim, poucos movimentos significativos são vistos, mesmo em um setor que se gaba de investir bilhões em novas tecnologias.
Não basta contar com recursos robustos. É preciso direcioná-los corretamente. Indústrias têm gastado boa parte dos esforços na criação de apps para médicos, pacientes e outros stakeholders, mas, o coração das operações segue em ritmo analógico. Existem muitas ferramentas para acumular dados, mas pouca estratégia para usá-los.
O que os médicos desejam? Como os pacientes se comportam? Ter essa percepção é a chave para não ser surpreendido por um modelo de negócio inovador que está à espreita na próxima esquina. Uber, Airbnb, Tinder e Instagram possuem funções distintas e pouco tem a ver com a indústria farmacêutica, mas todos foram disruptivos pelo mesmo motivo: anteciparam necessidades que nem mesmo seus clientes sabiam que tinham. E o seu cliente, o que precisa?
Imagem: Shutterstock
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