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Foto do escritorPRYMME DISTRIBUIDORA

Qual o melhor remédio para a enxaqueca?

Dos 150 tipos de dor de cabeça, nenhuma é mais terrível do que a enxaqueca. Não basta um analgésico ou apagar as luzes do ambiente para aplacá-la. Ela se configura pela dor que pode durar de quatro a 72 horas, quase sempre unilateral, na fronte e na têmpora. Hoje, em todo o mundo, pelo menos 300 milhões de pessoas sofrem de enxaqueca. No Brasil, são 30 milhões.

A doença é incurável e atrapalha (e muito) a vida da pessoa. Para se ter uma ideia, sete em cada dez pessoas que sentem esse tipo de dor relatam algum efeito negativo no relacionamento amoroso – discussões, falta de interesse sexual. Além disso, o mesmo ocorre no trabalho. Para se ter uma ideia, os custos da perda de produtividade de funcionários com enxaqueca na Europa é de 27 bilhões de euros ao ano. Nos Estados Unidos, são 17 bilhões de dólares. Desse modo, a Organização das Nações Unidas (ONU) classificou a doença entre as cinco mais incapacitantes, ao lado de tetraplegia, depressão, psicose e demência.

Entretanto, a maioria dos remédios para o problema tem ação paliativa, ou seja, sem atuar diretamente na dor. Não é simples debelá-la, por envolver uma centena de mecanismos em sua formação. Além disso, a ciência ainda desconhece a maioria desses mecanismos de formação.

Principais remédios para a enxaqueca

Erenumabe: aprovado no Brasil em março deste ano, é o único medicamento a atuar diretamente no problema.

Indicado tanto para a enxaqueca crônica – quando a dor persiste ao longo de pelo menos quinze dias – quanto para a episódica, mais breve. Ele previne ou reduz as dores pela metade em 50% dos doentes.

Antidepressivos (Tryptanol e Pamelor): aumentam no cérebro a disponibilidade de serotonina, substância associada ao bem-estar, o que ajuda no combate à dor.

Antiepiléticos (Zyvalprex e Topamax): estimulam a fabricação de um neurotransmissor com ação calmante no cérebro, o GABA. Atuam para diminuir a síntese de glutamato, substância com efeito excitatório sobre o cérebro.

Anti-hipertensivos (Propanolol e Atenolol): inibem a ação da adrenalina, hormônio excitante que estimula as crises de dor.

Botox: aplicado nas regiões da testa, têmpora, atrás da cabeça, no pescoço e nas costas a cada três meses, o composto bloqueia as substâncias inflamatórias no couro cabeludo. Assim, reduzindo a dor.

Foto: Shutterstock Fonte: Veja

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