Promovido ontem (24) pela
Contento Comunicação, o evento Checkout Farma reuniu indústrias, consultores e diversos especialistas do varejo farma para debater estratégias em torno de como potencializar as vendas da área do caixa da loja.
Um dos painéis mostrou algumas novidades do setor, aproveitando o fato de que a área do checkout é movida por inovação e onde o consumidor busca por lançamentos. Nesse sentido, o gerente de trade marketing da Fini, André Ferreira, além de mostrar o potencial do setor de bomboniere, também apresentou as novidades da empresa, que aliam saudabilidade e sabor.
Entre elas, as balas de vitamina C Kids, preparadas com açúcar demerara, sem glúten e corantes, e com licenciamento dos personagens Minions, da Universal; e as balas de gelatina FINI SUN, com sabor tangerina e cenoura. Sua fórmula é enriquecida com betacaroteno, substância que é convertida em vitamina A, importante antioxidante que auxilia na proteção dos efeitos nocivos dos radicais livres que envelhecem a pele, a mantendo saudável. O betacaroteno também colabora com formação da melanina, responsável pela pigmentação da pele.
Mercado de pilhas
No painel seguinte, o gerente de marketing da Panasonic, Luciano Lima, apresentou a força do mercado de pilhas, produto já explorado no checkout de algumas farmácias. Ele destacou, por exemplo, que a rentabilidade com esses produtos varia entre 45% e 60%, sendo bastante relevante aos negócios. “Em faturamento, vemos que as pilhas estão em constante crescimento. Nos últimos cinco anos, esse mercado cresceu 39%, segundo a Nielsen. E boa parte desses resultados se deve às pilhas alcalinas”, destacou Lima, mostrando outros insights sobre esse setor:
– Por conta da migração de devices grandes para os menores, as vendas são concentradas nas pilhas pequenas e palito;
– 81% das compras de pilhas são por impulso;
– Pilhas confinadas não vendem. Elas precisam estar visíveis ao consumidor;
– 22% dos shoppers usam o canal farma para comprar a categoria;
– Há uma tendência pela busca de packs maiores, com quatro ou seis unidades;
– O shopper desses produtos é formado por homens e mulheres, entre 18 e 54 anos;
– Somente 10% dos shoppers são sensíveis ao preço da categoria na hora da compra
Trâmites regulatórios
A advogada jurídica da Fini Brasil, Amanda Araújo, expôs as dificuldades que as farmácias podem encontrar para identificar o que pode e o que não pode ser vendido em cada loja. Ela explicou que o Brasil conta com uma lei federal, de 1973, que trata do comércio de medicamentos, insumos farmacêuticos, entre outros, mas não é específica em relação à artigos de conveniência. Dessa forma, cada Estado (ou município) cria suas próprias regras e por isso elas podem variar entre os estabelecimentos farmacêuticos. “Dependendo do município, se pode ter uma lei que proíba o que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite. Há muitas divergências”, comentou. Mas, de modo geral, a orientação é seguir a lei estadual que tende a prevalecer entre as leis municipais.
Case de sucesso no checkout
O diretor da
Desenvolva Consultoria e Treinamento, Marcelo Cristian, convidou, para o último painel do dia, a equipe da Poupa Mais, para que mostrassem o trabalho que desenvolvem na área de checkout das lojas da rede. Estiveram presentes o supervisor José Alberto Zázzera de Moraes; e os compradores Tiago Scocca Donação e Paola Carolina Risseto.
Moraes reforçou os pilares básicos trabalhados em todas as unidades. “Nossas bases para converter vendas são organização, treinamento constante da equipe e precificação dos produtos”, enumerou. Na sequência, Paola mostrou as principais dificuldades sentidas no dia a dia para o abastecimento da área. “O espaço físico é um grande entrave. Muitas vezes, recebemos displays da indústria ou queremos expor alguma nova categoria de produtos, mas não temos onde alocá-los”, disse. Ela reforçou, ainda, a importância de experimentar o que tem ou não boas vendas em cada loja, já que cada região tende a apresentar um mix e necessidades diferenciadas do shopper.
Tiago Donação salientou os cuidados com a exposição. “Por ser um espaço restrito, temos de ter a cautela de não colocar produtos onde o cliente possa esbarrar, o que pode constrangê-lo. Além disso, a reposição deve ser constante para evitar rupturas, já que o giro é alto”, finalizou.
Fonte: Guia da Farmácia
Fotos: Felipe Perazzolo
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