A inflação dos produtos farmacêuticos ficou 29,6% abaixo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2001 a 2015, segundo levantamento do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma-SP), que representa o setor. Se considerado o período, os preços dos produtos médicos tiveram alta de 117,6%, enquanto o IPCA geral teve aumento de 166,9%.
“Variou abaixo da inflação devido à maior concorrência entre medicamentos similares e à entrada de opções de genéricos no mercado nos últimos anos”, diz o presidente executivo do Sindusfarma-SP, Nelson Mussolini. No ano passado, o preço dos medicamentos subiu 6,9% – abaixo do índice geral, que fechou 2015 em 10,67%. A tendência é que a diferença nos aumentos de valores se mantenha nos próximos anos, segundo Mussolini. “Mas variar abaixo da inflação não significa que as pessoas estejam se tratando menos.”
Na última semana, uma resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) fixou em 12,5% o reajuste máximo permitido aos fabricantes na definição dos valores desses produtos. Em 2015, o maior aumento autorizado foi de 7,7%. Um ano antes, havia sido de 5,68%.
“Agora o reajuste foi mais alto, pois recompõe perdas que as empresas tiveram recentemente. A maior parte delas se deveu às altas de energia elétrica e do dólar”. A entidade estima que 95% da matéria-prima utilizada em medicamentos atualmente no país seja importada.
Fonte: Folha On-Line Foto: Shutterstock
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