Os dias mais frios do ano já começaram com mais intensidade em algumas regiões do País, acendendo o alerta para quadros de gripes e resfriados, que costumam ser mais frequentes na estação. Portanto, é fundamental que as farmácias estejam devidamente abastecidas de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) capazes de reduzir os sintomas das doenças, e também aproveitem a ocasião para potencializar as vendas de correlatos.
A fundadora da Connect Shopper, consultora de varejo e shopper marketing, Fátima Merlin, esclarece que os MIPs são produtos desenvolvidos para a saúde, bem-estar e autocuidado dos usuários, algo que precisa ser traduzido em gôndolas organizadas, limpas e devidamente precificadas. Nesse sentido, o primeiro passo para uma boa organização dos MIPs é sempre pensar que eles devem ser distribuídos no autosserviço de acordo com a finalidade de uso – que é a forma de busca do shopper – e não por ordem alfabética ou por substância.
Depois disso, em cada categoria, vale entender a árvore de decisão de compras do consumidor. Em algumas delas, pode ser a marca, em outras, o benefício. Além disso, deve-se pensar qual a estratégia da categoria para a loja. “Se for a de gerar fluxo para o corredor, deve-se abrir com produtos de alto giro. Se a ideia é aumentar o tíquete médio, os correlatos podem ser explorados, e assim por diante”, ensina Fátima.
No caso de produtos voltados para o tratamento sintomático de gripes e resfriados, reforça-se, mais uma vez, a importância de explorar as finalidades de uso. Portanto, além de sinalizadores para Antigripais, pode-se utilizar outros, como Dor e Febre, por exemplo.
A sazonalidade da categoria, que tende a aumentar as vendas durante o inverno, também pode ser explorada pela loja. “Neste período, MIPs para gripes e resfriados podem ser categorias destino no canal farma. Portanto, ela deve ser mais ativada no ponto de venda (PDV), trazendo ofertas, ações de mídia e lançamentos. Também nesse período, os produtos podem ser alocados na altura dos olhos, no início do fluxo nas gôndolas. É igualmente interessante utilizar pontos extras, como a área do checkout, por exemplo”, acrescenta Fátima.
A gerente de produto da linha MIP da Cimed, Patrícia Marques Meira, reforça a importância de trabalhar os produtos da categoria em diversos pontos da loja. “Os antigripais devem ser expostos no autosserviço, no ponto natural na categoria de antigripais, e em pontos extras, como ponta de gôndola, cestões, displays e demais materiais”, diz, acrescentando outras ações que podem ser realizadas com itens correlatos. “Ações de cross-merchandising para essa categoria podem ser feitas com vitaminas C, analgésicos e antitérmicos, antialérgicos, xaropes, pastilhas, sprays para garganta e sprays nasais”, exemplifica. Fátima Merlin também indica oportunidades de cross merchandising para esses produtos utilizando lenços de papel e termômetros.
Esclareça as dúvidas recorrentes do consumidor sobre gripes e resfriados
1. O que são gripes e resfriados? Quais as diferenças entre os dois quadros?
Existe diferença entre gripe e resfriado. A gripe é causada pelo vírus INFLUENZA, que sofre constantes mutações e recombinações genéticas. Essas transformações resultam em vários subtipos de gripe, como, por exemplo, a causada pelo vírus H1N1, conhecido pela “gripe suína”. O resfriado é resultado da infecção de uma grande variedade de vírus, como CORONAVÍRUS e o RHINOVÍRUS que deriva mais de 100 tipos. A medida que nos infectam adquirimos imunidade, porém, devido à grande diversidade, podemos nos infectar novamente. O resfriado costuma atingir com frequência as vias aéreas superiores já a gripe pode atingir o corpo como um todo, áreas superiores e inferiores.
2. Quais os grupos de risco para estas doenças?
A gripe e o resfriado atingem pessoas de todas as faixas etárias, sendo que os idosos, crianças e gestantes são os mais suscetíveis.
3. Qual a ação esperada dos antigripais?
Alguns deles possuem rápida ação e podem atuar contra cinco nos sintomas da gripe e resfriados: febre, coriza, dor muscular, congestão nasal e dor de cabeça. Pode-se esperar, em alguns casos, ação a partir de 15 minutos após a ingestão e é recomendado o tratamento por até três dias ou a critério médico.
Fonte: gerente de produto da linha MIP da Cimed, Patrícia Marques Meira
Fonte: Guia da Farmácia Foto: Shutterstock
Comentarios