Em tempos de reajuste de preço dos medicamentos, todos os players do mercado farmacêutico ficam atentos. A indústria espera obter o retorno dos custos envolvidos no processo. “Quando não há remuneração correta do bem comercializado, não importa se você faz, vende ou consome o bem, todos saem perdendo”, defende o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma-SP), Nelson Mussolini.
Para o executivo, o consumidor ganha em um primeiro momento, porque ele vai pagar mais barato, mas, em contrapartida, perde mais à frente, quando a indústria deixa de investir em inovação e não apresenta novos produtos ao mercado. Quanto ao varejo, o presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), Edison Tamascia, garante que, com as medidas corretas, o dono de farmácia não precisa temer o reajuste ou uma possível queda de rentabilidade. “Se o empresário tem capital disponível, não vai pagar juros, se está em uma condição financeira boa, orientamos para que aumente o nível de estoque dos produtos de curva a e b, que ele vai vender nos próximos três meses. Neste período, ele conseguirá ter um ganho significativo. Não havendo regulação, a situação não é muito melhor. Pelo menos temos um preço de referência”, pondera o executivo que espera que o varejo associativista consiga crescer 20% em 2016.
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