A dificuldade financeira para compra de medicamentos e tratamentos de saúde é citada como a principal preocupação da população ao atingir 70 anos, segundo indica a pesquisa “Percepção dos Brasileiros sobre Temas de Saúde”, conduzida pelo Instituto Datafolha.
Esta preocupação é maior entre mulheres (26% versus 19% de homens), população de regiões metropolitanas e economicamente ativa (PEA). Já entre a população de menor escolaridade (até ensino fundamental) e menor renda (classes D/E), a preocupação com a questão financeira em relação aos cuidados com a saúde é menor.
Entre os entrevistados até 44 anos de idade, com ensino médio e da classe C, câncer é a maior preocupação ao atingir 70 anos. Isso independe da pessoa possuir ou não plano privado de saúde ou convênio.
O estudo do Instituto Datafolha foi realizado entre 3 e 9 de abril, com 2087 pessoas, a partir de 16 anos, de todas as regiões brasileiras. Do total de entrevistados, 68% são economicamente ativos, 20% são assalariados (com registro), 11% desempregados a procura de emprego e 11% vivem na informalidade.
Quem cuida da saúde da população
Do total de 2087 entrevistados pelo Instituto Data, 73% não possuem plano de saúde privado ou convênio. Dos 27% que contam com um plano de saúde privado, quase metade (47%) têm ensino superior, pertencem à classe A/B, vive no Sudeste, em regiões metropolitanas. No total, são cerca de 119 milhões de brasileiros, com 16 anos ou mais, sem plano de saúde.
Outra pesquisa realizada pelo Datafolha, entre 11 e 18 de dezembro de 2017, demonstrou que 39% dos entrevistados atribuem a si mesmos a responsabilidade pela sua própria saúde. Quando estimulados a apontar outros responsáveis; citam médico, governo, família e plano de saúde. Esta pesquisa também contou com apoio da AbbVie.
Quando perguntada sobre a possibilidade de ser tratado com os mais avançados medicamentos e tratamentos médicos, 52% acredita que têm um bom ou total acesso, enquanto 48% acredita ter pouco ou nenhum acesso ao que existe de melhor na medicina.
Análise do Datafolha revela principais fontes de informação
Médicos são apontados como a principal fonte de consulta sobre saúde, seguido do Google e os grandes portais de notícias. Segundo análise do Datafolha, a possibilidade de acesso a essas fontes parece relevante entre as pessoas com mais escolaridade e renda, que tendem a acionar mais fontes do que os menos instruídos e os com baixa renda.
Já o Facebook aparece como fonte de informação para 15% dos entrevistados, no entanto, apenas 2% o consideram uma “fonte confiável”. A mesma confiabilidade é atribuída às informações sobre saúde circuladas no WhatsApp.
Fonte: Guia da Farmácia
Foto: Shutterstock
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