O ano começou com altas expectativas de melhora da economia devido ao novo governo. Oito meses se passaram e essa grande melhora na perspectiva econômica ainda não aconteceu. Contudo, apesar da recuperação lenta, o mercado segue confiante. A salvação pode estar no pacote de medidas que serão colocadas em prática pelo governo a partir de setembro. Algumas delas são a liberação do saque de parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a redução do preço do gás e a criação da Semana do Brasil. Essa semana será uma espécie de Black Friday nacional, que deve ocorrer de 6 a 15 de setembro. Ela será um movimento integrado entre governo e iniciativa privada.
Todas essas medidas visam aquecer a economia em curto prazo, enquanto propostas mais sólidas e profundas, como a Reforma Tributária e da Previdência, não são aprovadas.
Contudo, o varejo farmacêutico segue crescendo. Em 2018, o faturamento das farmácias no Brasil foi 11,76% maior, comparado com o mesmo período do ano anterior. Esse resultado é oriundo do modelo de negócio farmácia: envelhecimento populacional e a importância dos medicamentos no cuidado com a saúde, principalmente de doenças crônicas.
Apesar de se encontrar em um cenário de variáveis mais positivas que o restante do mercado, o caminho do varejo farma não é livre de obstáculos. É preciso estar atento às tendências para manter-se relevante ao consumidor e fazer frente às grandes redes e ameaças internacionais.
Confira alguns temas que devem entrar na agenda de planejamento do varejo farma sem falta para garantir a perspectiva econômica:
E-commerce
Não há como o varejo farmacêutico ficar fora desta revolução digital já em curso. Segundo pesquisa feita pela EBIT, em parceria com a Nielsen, em 2018, esse canal foi responsável por 16,4% do volume de pedidos nas farmácias – um crescimento de 51%, quando comparado com 2017. Em termos de faturamento, representou 6,8% do faturamento total do varejo, um crescimento de 41,6%, quando comparado com 2017.
Dessa forma, pensar na utilização de aplicativos para smartphone, desenvolvimento de site e criação de perfis nas redes sociais é de extrema importância. Lembrando que todos esses canais devem estar devidamente integrados ao sistema de gestão da loja. Assim, não haverão divergências de preços.
Empoderamento do consumidor
Ser dinâmico e atento às mudanças de cenário é uma exigência não só do cenário externo, mas também do consumidor. Atualmente, a concentração de mercado é crescente e quanto mais aumenta o número de farmácias, mais cresce o poder de escolha do shopper. Afinal, ele ganha mais opções. Por isso, é imprescindível conhecer o cliente a fundo, ouvi-lo, entender quem ele é, o que quer e como se comporta. Com esse conhecimento, o varejista é capaz de criar um relacionamento nos diferentes pontos de contatos.
Estoque enxuto
Diante do cenário atual, somado ao acirramento da concorrência e à queda significativa nas margens de lucro, o estoque deve ser cada vez mais enxuto e assertivo para reduzir custos. Contudo, sem impactar nas exigências de um consumidor seletivo e de uma indústria que inova constantemente.
Além disso, a ausência de tecnologia no momento da compra acaba fazendo com que a farmácia tenha um estoque muitas vezes maior do que o necessário e com itens que não fazem parte da curva A ou B. O resultado é a perda de vendas, mesmo com um estoque cheio.
Foto: Shutterstock Fonte: Guia da Farmácia
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