O número de casos de caxumba registrados neste ano no Estado de São Paulo já é o maior desde 2008, segundo balanço do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria Estadual da Saúde.
Por isso é necessário orientar sobre a doença, para que o consumidor possa se prevenir:
1 – O que é a caxumba?
É uma doença viral e altamente contagiosa transmitida por gotículas de saliva ou por contato com a saliva contaminada, como em talheres ou por beijo.
2 – Quais são os sintomas?
O mais conhecido é o inchaço nas glândulas salivares, principalmente as parótidas. Os pacientes podem ter febre, náuseas, dor no corpo e dor de cabeça. Mas 30% a 40% das pessoas não apresentam sintomas.
3 – Como é feito o diagnóstico?
Os sintomas ajudam no diagnóstico, mas exames como sorologia e ultrassonografia são indicados para confirmar a contaminação.
4 – Qual é o período de incubação?
Em geral, o período de incubação é de 16 a 18 dias, mas há casos em que pode chegar a 25 dias.
5 – É uma doença contagiosa?
Sim. A caxumba pode ser facilmente transmitida por gotículas de saliva e uma pessoa contaminada pode passar o vírus mesmo antes de começar a manifestar os sintomas.
6 – Por que os homens costumam ficar mais preocupados com a doença?
Fala-se que a “caxumba pode descer” em homens, que é quando há uma inflamação nos testículos. Essa consequência da caxumba costuma ser bastante incômoda por causar aumento da bolsa escrotal e dor na região. Geralmente, é necessário utilizar um tipo de suspensório com tecido médico para segurar os testículos. Em 5% dos casos, o homem pode apresentar infertilidade após ter a doença. É raro que esse tipo de inflamação ocorra nos ovários, no caso das mulheres.
7 – Quais são as complicações que os pacientes podem ter?
Em alguns casos, o paciente pode evoluir para quadros de meningite, encefalite e pancreatite.
8 – Como é feito o tratamento?
Como não há medicação específica para a doença, as recomendações são repouso e hidratação. Os médicos costumam receitar analgésicos e anti-inflamatórios.
9 – Quais cuidados devem ser tomados para evitar a contaminação de outras pessoas?
É fundamental não ir ao trabalho, à escola e demais locais públicos após receber o diagnóstico. O paciente não deve compartilhar talheres, pratos e copos, e deve lavar as mãos.
10 – Como evitar a contaminação com o vírus?
A principal recomendação é tomar a vacina. São necessárias duas doses para ter a imunização completa. Também é importante evitar locais com aglomeração.
Fontes: Graziella Hanna Pereira, infectologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos; Ralcyon Teixeira, médico infectologista e supervisor do pronto-socorro do Emílio Ribas;
Raquel Muarrek, infectologista do Hospital Leforte; Ministério da Saúde
Foto: Shutterstock
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