Em todo o mundo, está acontecendo um movimento de resgate do papel do farmacêutico como profissional da saúde e, no Brasil, não é diferente, sobretudo dentro do viés da Atenção Farmacêutica. “Nós conseguimos, junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a atualização da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), de dois para oito ocupações e de 19 para 117 especialidades”, destaca o presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter da Silva Jorge João.
Além disso, em 2014, aconteceu a aprovação da Lei 13.021/14, que recuperou a autoridade do farmacêutico nas farmácias e colocou a capacidade técnica do profissional a serviço da população brasileira no cuidado com a sua saúde.
Essa recuperação dos afazeres do farmacêutico faz com que o profissional esteja mais próximo do conceito de Assistência Farmacêutica dentro das farmácias. Eles estão mais perto do cuidado com a saúde de seus pacientes no dia a dia, ajudando, principalmente, aqueles acometidos por doenças crônicas, além de entender e orientar corretamente sobre os medicamentos comprados no ponto de venda (PDV).
“Atenção Farmacêutica é o conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população”, de acordo com a Resolução nº 338, de 6 de maio de 2004, do Conselho Nacional de Saúde.
Diante destas conquistas, o desafio atual é ter profissionais capacitados para atuar nessas novas funções garantidas por lei. O caminho para obter farmacêuticos qualificados inicia-se na graduação, onde toda a base de conhecimento é obtida.
Segundo o coordenador do curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, Prof. Valter Luiz da Costa Júnior, as novas diretrizes envolvem o conjunto de ações e de serviços ofertados ao indivíduo, à família e à comunidade, por meio de atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde, além da prevenção de doenças, e que possibilite às pessoas viverem melhor.
Fonte: Guia da Farmácia edição 302 – reportagem de Flávia Corbó Foto: Shutterstock
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