O setor farmacêutico sofre os efeitos da grave crise econômica e o brasileiro paga a conta. Pela primeira vez, em mais de 10 anos, os medicamentos poderão ter aumentos acima da inflação. A expectativa é de que o governo aprove reajuste anual de 12,5% para os remédios. Os novos preços começam a valer em 31 de março.
As oscilações do câmbio e o aumento expressivo da energia elétrica tiveram grande influência na mudança, segundo explicou o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma-SP), Nelson Mussolini. “Cerca de 95% da matéria-prima utilizada na indústria farmacêutica é importada”, disse. Os medicamentos têm os preços controlados pelo governo, que realiza reajustes anuais com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Além disso, segundo a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), outros três fatores são usados para definir as faixas de correção, sendo eles produtividade, concorrência das classes terapêuticas e forças econômicas, como câmbio e energia elétrica. “O cálculo do governo mostra com clareza que até a indústria farmacêutica está sendo atingida pelo momento difícil que o Brasil enfrenta”, afirmou o presidente executivo da Interfarma, Antônio Britto.
Fonte: Correio Braziliense
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