O setor farmacêutico iniciou discussões com o governo para modificar as regras de preço de medicamentos que carregam inovação incremental. São medicamentos que estão sujeitos aos índices máximos de reajuste anual autorizados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
Este ano, o aumento médio ponderado liberado pelo governo ficou em 2,43%, resultante de três índices: 2,09%, 2,47% e 2,84%. Porém, a indústria não aceitou esses percentuais, alegando que os custos subiram mais no último ano.
Uma das possibilidades poderia ser a criação de uma quarta faixa de preços, que reuniria os produtos resultantes de inovação incremental. A iniciativa é liderada pelo Grupo FarmaBrasil (GFB), que reúne grandes laboratórios de capital nacional com investimentos em inovação incremental e radical. Entre as empresas estão Aché, Biolab, Cristália, Libbs, EMS, Hypera, Hebron, Eurofarma e União Química.
Em nota, o Ministério da Saúde (MS), confirmou que um novo modelo para precificação de medicamentos resultantes de inovação incremental está sendo estudado. Porém, ainda não existe uma nova resolução.
Inovação incremental é aquela que traz alguma melhoria a um produto ou molécula já desenvolvido. É o caso, por exemplo, da associação de fármacos existentes em um único medicamento para facilitar seu uso ou novas formas de administração de um determinado medicamento.
Fonte: Valor Foto: Shutterstock
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