Em entrevista concedida à Forbes há cerca de dez meses, o presidente do Grupo Cimed, João Adibe, prometia dobrar, até 2020, o faturamento de um bilhão que acabava de alcançar. Passado esse tempo e agora dentro de um novo contexto político-econômico, ele mantém a meta. A média de crescimento do mercado de medicamentos no País ronda os 7%.
O ritmo fora da curva da Cimed é explicado pela estratégia de preços competitivos – não é raro encontrar nas prateleiras produtos da empresa custando um terço dos concorrentes diretos. A “mágica”, segundo Adibe, é possível graças ao modelo de distribuição. “Somos os únicos na indústria farmacêutica brasileira com um modelo verticalizado, sem intermediários para fazer nossos produtos chegarem ao varejo.” Outra tática é o aumento de portfólio. Isso permite que à líder do mercado nacional de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP) ganhar escala.
Crise leva a aumento do consumo de Genéricos da Cimed
Um terceiro fator que ajudou o grupo foi a crise brasileira. “Com a crise, mais pessoas passaram a procurar os medicamentos genéricos, que são mais baratos. Quem antes tinha dúvidas ou preconceitos contra os genéricos perdeu esse receio e passou a comprar nossos produtos”, conta Adibe. “Além disso, o mercado de genéricos cresceu praticamente o dobro das outras categorias.”
Estratégias ousadas de marketing também entram nessa receita. Amante de esportes, ex-piloto e patrocinador da Stock Car – e também da seleção brasileira de futebol –, ele dirige uma empresa que hoje é a quarta maior em unidades vendidas, com um portfólio focado em MIPs (65% da produção), genéricos (25%) e o restante dividido entre higiene e beleza e suplementos
Foto: Shutterstock Fonte: Forbes Brasil
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