No Brasil, existem aproximadamente 985 mil pessoas que sofrem com a doença, embora o número possa ser ainda maior, já que 50% dos portadores ignoram a patologia, segundo a SBO. O maior problema é o fato de, na grande maioria das vezes, o glaucoma ser silencioso, sem sintomas evidentes.
O oftalmologista do Hospital Cema, Dr. Leonardo Nicioli, explica que é uma doença do nervo óptico mais comum a partir dos 40 anos de idade. Seu principal fator de risco é a hipertensão ocular e leva à perda progressiva de visão, até à cegueira.
“O mais importante é a detecção precoce da doença, para conseguir tratar e tardar a sua evolução”, diz. O principal sintoma é a perda da visão periférica, mas como a visão central continua a mesma, a maior parte dos pacientes não consegue perceber a falha ocular.
E não somente a idade é responsável pela doença, mas a genética. De acordo com a oftalmologista do Hospital Sírio-Libanês, Dra. Eliana Aparecida Forno, pessoas com algum caso familiar de glaucoma têm o dobro de chances de também desenvolver a patologia.
Por isso, é muito importante orientar as pessoas a se consultarem anualmente com um oftalmologista que, ao fazer exames de fundo de olho e pressão arterial, poderá descobrir se há indícios do início do glaucoma.
Fatores que prejudicam a visão
Independente da patologia que a pessoa pode sofrer, algumas condições podem ser responsáveis pela piora da saúde. É o caso dos fatores a seguir:
Uso do computador: geralmente, as pessoas piscam cerca de 220 vezes por minuto. Mas, ao olhar para telas, essa frequência pode diminuir até quatro vezes. Isso causa a diminuição da lubrificação dos olhos, prejudicando a saúde ocular.
Alimentação: apesar de não estar diretamente associada a nenhuma doença, alimentação balanceada é importante para que o corpo esteja, em geral, saudável. Buscar uma dieta rica em vitaminas, frutas e legumes é essencial.
Lentes de contato: o uso errôneo pode acarretar em grandes problemas. É importante que o tempo recomendado pelo médico seja respeitado e, mesmo ao utilizar as lentes de uso contínuo, tirá-las para dormir. O contato sem descanso pode causar irritação e aumentar a incidência de infecções. Tão importante quanto, a higienização deve ser feita todas as vezes que as lentes forem usadas.
Genética: diferentes doenças podem ter influência da genética. Além do glaucoma, doenças da macula (que causam a degeneração da retina) e a distrofia da córnea, são alguns dos exemplos de patologias que podem ser causadas por histórico familiar.
Envelhecimento: o passar dos anos pode ser responsável por algumas doenças, principalmente, a catarata e o glaucoma.
Sol: a exposição ao sol ao longo dos anos pode agravar a incidência de glaucoma, catarata e olhos secos, além de outras doenças. Por isso, é necessário o uso de óculos de sol quando estiver exposto aos raios ultravioleta. Porém, o acessório deve ser comprado com responsabilidade, já que as lentes escuras e sem proteção aumentam a pupila e, portanto, a incidência dos raios nos olhos.
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