Desde o início dos casos de febre amarela no País, muitas informações foram passadas sobre o problema, mas é importante que a população busque fontes seguras e oficiais sobre o assunto. Para esclarecer as principais dúvidas, o Ministério da Saúde selecionou algumas afirmações que circulam na internet.
Todos os casos notificados nos últimos meses são de febre amarela silvestre.
Verdadeiro. Existem dois ciclos de transmissão da doença. O silvestre, quando a doença é transmitida pela picada dos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Nesse ciclo os principais hospedeiros são os primatas não humanos (macacos) que habitam as florestas tropicais. Seres humanos podem adquirir o vírus esporadicamente quando estão na mata ou outro lugar de risco e são picados por um mosquito silvestre infectado. O Ministério da Saúde reforça que todos os casos notificados até o presente momento são classificados no ciclo silvestre de transmissão e que o risco de reurbanização da febre amarela é muito baixo.
Nenhuma grávida deve ser vacinada contra febre amarela.
Mito. A vacinação não está indicada às gestantes. Porém, no caso de surtos da doença, epidemias ou viagem para área com risco de contrair a doença, a gestante precisa ser avaliada pelo serviço de saúde, considerando o risco benefício da vacinação.
Mulheres que estão amamentando não devem se vacinadas
Mito. As mulheres que estão amamentando bebês maiores de seis meses de idade poderão ser vacinadas se residirem ou vão se deslocar para as áreas com recomendação para vacinação e áreas com recomendação temporária para vacinação. A imunização está contra indicada para mulheres que estão amamentando bebês menores de seis meses de idade.
Quem tem alergia ao ovo pode receber a vacina febre amarela.
Verdade. As pessoas com história de alergia comprovada ao ovo e seus derivados, gelatina bovina ou a outras, podem receber a vacina febre amarela após avaliação médica. Nesta situação a pessoa deve recebê-la em ambiente com condições de atendimento de reações anafiláticas.
É necessário tomar a vacina a cada dez anos.
Mito. É importante informar que o Calendário Nacional de Vacinação mudou. Até 2014, a recomendação era que o indivíduo deveria ser vacinado de dez em dez anos. No entanto, os estudos demonstraram que duas doses são o suficiente para a proteção do indivíduo, não havendo mais a necessidade de se fazer mais que um reforço ao longo da vida.
Mesmo tendo tomado as duas doses, há risco de pegar a doença.
Mito. Se a pessoa está com a Caderneta de Vacinação em dia, ela está protegida contra a doença, não havendo necessidade de doses adicionais da vacina, mesmo na ocorrência de surtos ou epizootias (morte de macacos).
É maior o risco de pegar a febre amarela em um lugar lotado.
Mito. A febre amarela não é transmitida de pessoa a pessoa. Assim, não há contágio pela proximidade com uma pessoa doente.
Fonte: Folha de Londrina – PR Foto: Shutterstock
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