Um dos economistas mais influente do Brasil, Ricardo Amorim, foi uma das grandes atrações do segundo dia da FCE Cosmetique. O apresentador do Manhattan Connection, da GloboNews, participou do Colamiqc, Congresso sobre os Novos Rumos da Ciência Cosmética, realizado no mesmo pavilhão do São Paulo Expo. Na apresentação, Amorim falou sobre o panorama político-econômico da América Latina e Portugal, além de analisar oportunidades para o setor.
“O Brasil viveu a pior crise da história nos últimos anos, mas voltou a crescer. Devemos ter uma aceleração desse crescimento nos próximos anos. Em paralelo, estamos vivendo um processo de transformação tecnológica que é o mais acelerado que a humanidade já viu. Isso gera muita riqueza e oportunidade para quem entrar de cabeça usando novas tecnologias para melhorar seu negócio”, destacou. Para ele, o impacto no mercado de cosméticos é direto. “Na medida em que a renda cresce, as pessoas passam a gastar mais com cosméticos e se cuidarem”, acrescentou.
Logitech Science: como tecnologia pode auxiliar na evolução dos setores
“Hoje em dia se você não responder uma pessoa em menos de cinco minutos isso já pode criar uma situação séria. Não só a tecnologia, mas a paciência também está mudando. Sim, estamos todos mais conectados”. Foi com essa declaração que o cientista de dados sênior da IBM, Claudio Pinheiro, que começou a palestra ministrada nesta quarta-feira (22), no Logitech Science, evento voltado para a cadeia logística, que acontece nas FCE Pharma e FCE Cosmetique.
Com uma temática ainda desconhecida diante do olhar do público, Cláudio mostrou, por meio de exemplos interativos e com cenários do cotidiano comum, como diversas empresas e profissionais vistos como tradicionais se aperfeiçoaram. Eles começarem a investir tempo e pesquisa em áreas ligadas ao Big Data e à Inteligência Artificial.
Quando questionado como isso afeta a indústria farmacêutica e o ramo de logística como um todo, o professor explicou que todos os profissionais devem ser colocados no mundo do Big Data. “Todos aqueles que atuam na parte de operações como logística devem ser integrados em temas como inteligência artificial e dados. Isso traz ganhos muitos mais rápidos e melhores do que um jogo de tentativa e erro. Ainda alavanca nossa experiência e traz resultados mais poderosos. A empresa que não tiver isso vai ficar para trás”, garantiu.
Especialista em análise de risco instiga pensamento crítico
Em um espaço com lotação máxima atingida, Marcus Pereira, colaborador do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), apresentou a palestra “Análise de Risco”. Ele falou sobre como evitar contaminação cruzada e a legislação brasileira vigente sobre o assunto. Introduziu conceitos e também metodologias utilizadas na elaboração de uma análise de risco dentro do sistema de qualidade das empresas. Para Pereira, a falta de conhecimento é um dos pontos mais críticos para quem trabalha na área já que, segundo ele, trata-se de um assunto antigo no conceito, não aplicado na prática. “A análise de risco deve ser usada como ponto de partida para qualquer mudança diária em organizações e em nenhum momento essas alterações podem ser negligenciadas pelos profissionais”, afirma, ressaltando que o ponto principal durante suas palestras é tentar fazer o público refletir.
Empresas alemãs que buscam espaço no País ganham pavilhão inédito
Pela primeira vez, a FCE Cosmetique conta com o Pavilhão Alemão, uma área dedicada a pequenas e médias empresas do país que buscam espaço no mercado brasileiro. Na área, os visitantes têm acesso às novidades das marcas que concorrem com empresas nacionais.
A presença na feira é uma iniciativa da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha. As empresas Herbacin, Jean D’Arcel Cosmetique e Netzsch estão presentes no espaço ao longo dos três dias de evento. O diretor de internacionalização da Câmara, Ricardo Castanho, falou sobre a importância de estimular novas empresas a se estabelecerem no Brasil.
“A Alemanha é muito forte na produção de cosméticos e o mercado brasileiro é um dos mais importantes do mundo nessa área. Então, é natural essa busca pela expansão da participação no Brasil. Na própria feira, é possível encontrar outras empresas da Alemanha que, devido ao tamanho e tradição no mercado brasileiro, já têm uma iniciativa própria de vir para o evento”, disse Ricardo, que avaliou também os resultados obtidos até o segundo dia de feira. “Nossa primeira impressão é muito boa. Todas as empresas estão contentes, o que, para nós, é o que vale como métrica de avaliação do resultado. Já estamos pensando na próxima edição”, acrescentou.
Rodada de Negócios movimenta R$ 16 milhões
Na manhã desta quarta-feira, 22, aconteceu a primeira Rodada de Negócios da FCE Cosmetique, voltada a produtores e compradores de matéria-prima cosmética. Ao todo, foram 14 expositores e 37 compradores que, no período de duas horas, realizaram 222 reuniões, gerado R$16.100 milhões em negócios. Entre os grandes compradores, nomes como Natura, Roche, Aché, The Body Shop e Truss aproveitaram o encontro para garantir as novidades dos fabricantes em primeira mão.
Além disso, mais da metade das empresas participantes são pequenas e médias empresas, que são grandes representantes na movimentação do setor cosmético e aproveitaram a oportunidade para encontrar e negociar com produtores de matéria-prima que não são encontrados usualmente. O intuito da FCE Cosmetique era impulsionar negócios para o segmento de matéria-prima dentro do evento.
DHL mostra inovações da companhia na FCE Pharma e Cosmetique
As FCE Pharma e a FCE Cosmetique recebem na 24ª edição dos eventos um congresso inédito sobre logística. E um dos destaques ficou por conta do vice-presidente da Life Scienses & Healthcare da DHL Supply Chain, Thorsten Roggenbuck. O executivo falou sobre tendências para o mercado de farmácia e cosméticos, e a importância da boa implementação de novas tecnologias para os dois segmentos. Além disso, apresentou exemplos práticos da DHL nesse processo. Entre eles, o uso de automação industrial e robôs.
“As novas tecnologias são a chave para o futuro. E muitas empresas ainda deixam de usá-las a seu favor. É preciso acelerar uma eventual mudança de comportamento das empresas”, avaliou Roggenbuck. Ele lembrou que, na área da saúde, quando se pensa nos pacientes, é preciso levar o medicamento certo na hora em que eles precisam. Por isso a necessidade de uma cadeia eficiente. “Integrando-se as novas tecnologias, é possível agilizar processos, algo fundamental para o setor”, acrescentou.
Fonte: Guia da Farmácia
Foto: divulgação
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