A “obesidade saudável” pode ser um mito. Um novo estudo realizado por cientistas da Suécia aponta que a gordura de pessoas obesas – mesmo aquelas que são consideradas metabolicamente saudáveis – apresenta mudanças anormais em sua expressão genética na resposta à estimulação por insulina.
Embora desde os anos 1990 tenha se mostrado que cerca de 30% das pessoas com obesidade têm perfil metabólico e cardiovascular saudável, o novo estudo alerta que eles não estão excluídos das intervenções recomendadas contra a obesidade.
“A descoberta sugere que vigorosas intervenções de saúde podem ser necessárias para todos os indivíduos obesos, mesmo aqueles que até agora tenham sido considerados metabolicamente saudáveis. Como a obesidade é um dos principais fatores que alteram a expressão genética do tecido adiposo (gordura), nós devemos continuar a focar na prevenção à obesidade”, declarou o coordenador do estudo, Mikael Rydén.
Segundo Rydén, a obesidade atingiu proporções epidêmicas globais, afetando aproximadamente 600 milhões de pessoas em todo o mundo e aumentando consideravelmente o risco de doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais, câncer e diabete tipo 2.
De acordo com Rydén, estimativas recentes sugerem que até 30% das pessoas obesas sejam metabolicamente saudáveis, indicando que eles precisariam de intervenções menos vigorosas para prevenção das complicações relacionadas à obesidade. Segundo ele, uma das marcas da obesidade metabolicamente saudável é a alta sensibilidade ao hormônio insulina, que promove a captação da glicose do sangue pelas células para ser usada como energia.
Foto: Shutterstock
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