O laboratório brasileiro EMS analisa compra do grupo biofarmacêutico uruguaio Biotoscana (GBT). Maior investidor individual da empresa de Montevidéu, o fundo de investimentos Advent International possui 27,7% da companhia e levou a Biotoscana para a B3 em 2017, em uma operação de R$ 1,34 bilhão. A maior parte dessa oferta foi secundária, ou seja, com a venda de ações do fundo. Essa não é a primeira vez que a Biotoscana é alvo do interesse de concorrentes. O Advent, no entanto, não tem prosseguido com as conversas porque entende que, neste momento, o valor da empresa está muito abaixo do considerado justo. Em julho, o papel da empresa negociada na bolsa brasileira acumula alta de 18%, mas registra queda de 7% em um ano.
Portanto, a um dia da precificação da ação do ressegurador IRB Brasil Re em sua oferta subsequente, o papel está sendo oferecido a investidores por R$ 90 – um desconto de menos de 4% em relação ao valor da cotação na B3. Nesse patamar, a operação movimentaria cerca de R$ 7,5 bilhões. Na oferta anterior, feita em fevereiro e capitaneada pela Caixa Econômica Federal, a ação tinha sido fixada em R$ 91. Desta vez, a oferta do IRB marcará a saída do Banco do Brasil e da União do capital da companhia.
EMS analisou as condições da oferta
Confirmadas as condições, o follow on do IRB será a maior oferta de ações nos termos da Instrução 476 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já feita no Brasil. Até então, esse título estava nas mãos da CPFL Energia, cuja operação movimentou R$ 3,7 bilhões no mês passado.
Assim, o modelo da oferta 476 ainda é algo relativamente novo no Brasil. A regulação existe há apenas cinco anos e cria uma operação muito mais célere, mas conta com algumas restrições: no mercado local só pode ser ofertada a 75 investidores qualificados e a ação deve ser subscrita por somente 50 deles. Essa limitação, contudo, não existe para o estrangeiro.
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Foto: Shutterstock Fonte: Estado de S. Paulo
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