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Foto do escritorPRYMME DISTRIBUIDORA

Dia Mundial do Coração: fake news atrapalham prevenção de doenças cardiovasculares

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Mais pessoas morrem anualmente por essas enfermidades do que por qualquer outra causa. O assunto é sério e muita gente, às vezes com o objetivo de ajudar no alerta, acaba compartilhando informações não apuradas, de forma que uma série de fake news, ou notícias falsas, rondam os grupos de mensagens e a internet em geral sobre a saúde do coração.

Manchetes que relacionam vacinas a prejuízos para quem tem doenças cardiovasculares e o fato de que tossir pode evitar infarto são alguns dos boatos disseminados que enganam muita gente.

“As fake news no campo da saúde não são disseminadas para enganar as pessoas, mas sim por acreditarem que, de fato, aquela informação pode ajudar alguém. No entanto, é preciso pensar duas vezes antes de sair compartilhando certas notícias”, orienta o chefe da unidade Centro de Infusão e Hospital Dia do Instituto do Coração/USP Múcio Tavares Jr.

Para aumentar a conscientização da população sobre os perigos da negligência com o órgão vital e a importância de manter hábitos saudáveis com tratamento médico, no dia 29 de setembro é celebrado o Dia Mundial do Coração.

Merck esclarece fake news sobre a saúde do coração

Um dos pontos mais importantes da campanha idealizada pela Merck é esclarecer quais são as verdadeiras ameaças e qual o melhor caminho para cuidar do coração. Muitas informações são dadas como verdadeiras, mas é importante sempre procurar um profissional de saúde para buscar orientação correta e o melhor caminho a seguir tanto na prevenção, quanto no tratamento. “Em tempos de fake news é mais importante ainda buscar um profissional de saúde para receber a orientação correta sobre prevenção, tratamento e fatores de risco. Alguns, por exemplo, são determinantes para o aparecimento das doenças cardíacas, tais como diabetes, hipertensão, tabagismo, estresse, obesidade, colesterol alto e histórico familiar”, explica o Dr. Tavares.

Conheça alguns dos principais mitos e fake news sobre o coração:

Basta retirar o sal da comida para evitar o aumento da pressão arterial?

O consumo excessivo do sal está relacionado ao aumento no risco de doenças crônicas, como hipertensão arterial e doenças cardiovasculares, mas não é o único motivador da pressão alta. É preciso ficar alerta com o sódio contido em outros alimentos, principalmente os industrializados, além de uma alimentação saudável e a prática de atividades físicas regularmente.

A vacina da gripe pode prejudicar quem tem doenças cardiovasculares?

Não. A vacinação na verdade é crucial para os portadores de doenças cardiovasculares. No inverno, as temperaturas caem e a umidade do ar diminui. Assim, exigindo mais cuidados preventivos contra gripes, pneumonias e problemas respiratórios. A vacinação protege quem tem doenças do coração e mostrou que até evita infartos e internações e mortes por insuficiência cardíaca. Por isso, a vacinação é essencial para reduzir esses e outros tipos de problemas de saúde.

O colesterol ruim (LDL) não tem influência nas doenças cardiovasculares?

Tem influência, sim. É comprovado que baixar os níveis da Lipoproteína de Baixa Densidade (LDL) reduz os riscos de doenças cardiovasculares. Assim, a maioria dos estudos científicos até hoje realizados demonstraram que o chamado colesterol ruim é uma das principais causas de doenças cardiovasculares, como infarto e o Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A hipertensão sempre apresenta sintomas?

A hipertensão raramente apresenta sintomas. Às vezes, a pessoa se torna hipertensa e não sabe, mas seus vasos sanguíneos estão sendo deteriorados pela doença. Ao longo dos anos, a pressão alta aumenta os riscos de derrame, infarto e insuficiência renal. Por isso, ela é conhecida como “assassina silenciosa”. Quem tem alguém na família com o problema deve medir a pressão a cada seis meses e, quem não tem, a cada ano.

Somente idosos sofrem de doenças cardíacas?

Não. No Brasil, 11.6% das mortes por doença cardíaca ocorrem em pessoas dos 30 aos 49 anos.

Somente obesos têm problema de coração?

Não são só os obesos que devem cuidar do coração. Pessoas magras também podem ter colesterol elevado. Quem faz prevenção tem menor chance, mas não é isento de ter problemas.

Fake news sobre o coração: O infarto acontece apenas em homens?

Por muito tempo, se acreditou que as mulheres não sofriam infarto e tinham menos incidência de doenças no coração. Contudo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são responsáveis por 1/3 de todas as mortes de mulheres no mundo. Dessa forma, os números não deixam dúvidas: estudos médicos apontam que no Brasil uma a cada cinco mulheres tem risco de sofrer um infarto.

Atletas não correm o risco de ter doenças cardíacas?

Mito. O exercício físico faz bem para a saúde, mas representa risco quando praticado erroneamente e por atletas com doenças cardíacas previamente estabelecidas. A morte súbita em atletas é rara e está relacionada com a presença de doenças cardiovasculares presentes desde o nascimento ou adquiridas. Em atletas com menos de 35 anos de idade, a principal causa é a cardiomiopatia hipertrófica (atrofia do coração). Entretanto, nos atletas com mais de 35 anos, é a doença arterial coronariana (problema nas artérias do coração).

Se não sinto dor no peito irradiada para o(s) braço(s), não corro risco de infartar?

Mito. Nem todas as pessoas que sofrem infarto têm os mesmos sintomas ou a mesma intensidade deles. Tanto é que algumas pessoas chegam a não ter sintomas. Dessa forma, são estas pessoas que tem sintomas pouso típicos que tem maior chance de serem dispensadas depois de um atendimento. Visite seu médico regularmente para prevenir um infarto silencioso.

Tossir evita o infarto?

Mito. Não há evidências científicas que tossir evite o infarto. Dessa forma, a melhor maneira de prestar socorro para uma pessoa que está infartando é ligar para uma ambulância no número 192 ou levá-la ao pronto socorro mais próximo.

Foto: Shutterstock Fonte: Merck

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