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Dia Mundial do Combate à Asma: doença mata 2 mil brasileiros por ano

Hoje (07) é o Dia Mundial do Combate à Asma. A data é organizada pela Global Initiative for Asthma (GINA) para conscientizar sobre a asma e os cuidados com a doença em todo o mundo.

A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), uma das entidades parceiras do GINA, esclarece informações, sintomas e novos tratamentos para a doença que, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), atinge cerca de 235 milhões de pessoas em todo o planeta. Só no Brasil, afeta aproximadamente 20% das crianças e adolescentes. Estudos apontam que a asma é responsável pela morte de dois milhões de pessoas no mundo.

Entenda a asma

Responsável pela quarta causa de internação no Brasil e pela morte de duas mil pessoas por ano, a asma é definida como uma obstrução brônquica, geralmente ocasionada por um processo inflamatório. A asma pode ser alérgica e não alérgica. A mais comum e que atinge principalmente as crianças é a asma alérgica, desencadeada pelos alérgenos inalantes como poeira, ácaros, fungos e pólen.

Inflamação dos brônquios, provocando falta de ar, sibilância, tosse, dor no peito e opressão torácica. Os sintomas costumam ser desencadeados por infecções respiratórias, exercício e exposição a alérgenos.

Os dois tipos de asma têm tratamentos muito eficientes. Existe o tratamento sintomático ou de resgate, quando são utilizados os broncodilatadores. Para o tratamento de controle ou anti-inflamatório, as principais medicações são os corticoides inalados isolados ou associados a broncodilatadores de longa duração e ainda os antileucotrienos. Quando o controle não é obtido com estas medicações, geralmente é necessária a utilização dos corticoides orais. Entretanto, devido aos efeitos indesejáveis, esta classe terapêutica deve ser evitada.

O coordenador do Departamento de Asma da ASBAI, Dr. Gustavo Wandalsen, conta que os medicamentos mais novos para asma são destinados para pacientes com as formas mais graves da doença. “Estes medicamentos, denominados imunobiológicos, devem ser utilizados para pacientes refratários ao tratamento farmacológico tradicional. Quando prescritos corretamente, são capazes de reduzir as exacerbações, os sintomas da asma, assim como melhorar a qualidade de vida e a função pulmonar”, relata o especialista.

A prática regular de exercícios físicos também é fundamental para pacientes com asma sob controle, já que amplia a capacidade respiratória.

Falta de adesão ao tratamento traz alerta

Uma pesquisa recente, que contou com a participação da ASBAI, apontou que 73% dos pacientes com asma admitem não seguir todas as recomendações médicas. “Cerca de 47% dos pacientes dizem que não usam a medicação de forma regular. Uma das barreiras é o alto custo dos medicamentos e a dificuldade de encontrá-los na rede pública”, explica o presidente da ASBAI, Dr. Flavio Sano.

Fonte: Guia da Farmácia

Foto: Shutterstock


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