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Dezembro vermelho: os mitos sobre a AIDS

Ainda que existam evoluções nas formas de tratamento e prevenção da síndrome da imunodeficiência adquirida, mais conhecida pela sigla AIDS (do inglês Acquired Immunodeficiency Syndrome), a doença ainda é uma preocupação. De acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas (Unaids), 15 mil pessoas morreram em decorrência do vírus HIV (causador da AIDS), em 2015, no País.

Recentemente, o Governo Federal instituiu o Dezembro Vermelho, mês dedicado inteiramente no combate à síndrome, por meio de campanhas de prevenção. A médica e professora do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FMSCSP), Dra. Maria Amélia de Sousa Mascena Vera, esclarece osalguns mitos sobre a doença:

O vírus HIV pode ser transmitido por beijo, abraço ou aperto de mão?

Mito. O vírus é transmissível apenas por contato sexual ou pelo sangue.

É possível contrair o vírus HIV no sexo oral?

Verdade. Embora o risco seja significativamente menor se comparado a outras modalidades de sexo, as chances aumentam se houver alguma ferida aberta ou ejaculação na boca.

Todo portador de HIV tem AIDS?

Não necessariamente. HIV é o vírus, que pode ou não se manifestar em sua síndrome (AIDS).

No Brasil, é possível fazer prevenção medicamentosa para evitar a contaminação do HIV?

Verdade. O que já existe é a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) um conjunto de medicamentos anti-HIV que pode ser tomado até 72 horas após a situação de risco, durante 28 dias, para diminuir as chances de uma infecção pelo HIV.

O diagnóstico é feito somente por exame de sangue?

Mito. Além do teste pelo sangue, já existe o teste de fluido oral, que é capaz de detectar a presença de anticorpos para o HIV na saliva.

O exame negativo é sempre 100% confiável?

Mito. Se o exame der negativo, existe uma chance muito grande de que a pessoa não esteja infectada. Porém, se a pessoa tiver tido alguma exposição ao HIV durante o período chamado janela imunológica – período que o organismo necessita para desenvolver anticorpos detectáveis nos exames –, pode, sim, haver infecção com resultado negativo.

É possível contrair vírus HIV em estúdios de tatuagem, manicures e consultórios de dentista?

Verdade. Por isso, é necessário que todos os aparelhos utilizados sejam descartáveis ou devidamente esterilizados antes de serem utilizados novamente.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (CDN) Foto: Shutterstock

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