Três cidadãos são afetados, por hora, pelo consumo indevido ou excessivo de medicamentos, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para o professor e um dos responsáveis pelo Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM) da Universidade Católica de Santos (UniSantos), Paulo AngeloLorandi, o uso indiscriminado dos fármacos pode agravar os problemas de saúde do paciente.
De acordo com ele, apesar de muitos produtos serem isentos de prescrição, devido ao baixo risco de intoxicação, os clientes podem fazer a mistura de medicamentos e uso em dosagem acima do normal.
Complementando a informação, o presidente executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sergio Mena Barreto), explica que os farmacêuticos têm o papel de orientar os clientes sobre como o medicamento deve ser ministrado.
“A gente tem uma barreira natural que é a barreira do entendimento do paciente. Seja porque é pequeno o tempo com o médico, seja porque a pessoa tem vergonha de perguntar. Isso facilita uma série de coisas que podem levar à intoxicação”, diz.
O professor da UniSantos cita a importância do papel do farmacêutico para garantir o uso adequado dos produtos. “O farmacêutico é o último profissional da saúde que o paciente tem acesso antes de fazer o uso efetivo do produto. É muito comum que as instruções dadas pelo médico não sejam devidamente compreendidas. Essas orientações podem ser esquecidas. Além disso, durante a utilização de um remédio, é comum que haja dúvidas sobre efeitos que podem ter sido causados pelos produtos. Essa orientação pode ser feita por esse profissional”, finaliza.
Fonte: A Tribuna
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