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Conheça o medicamento que promete ser o Viagra feminino

Recentemente foi aprovado pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (FDA) que regula alimentos e medicações, um medicamento popularmente conhecido como Viagra feminino, com o nome comercial de Vyleesi. O medicamento é injetável e promete “revolucionar” a vida sexual feminina.

A ginecologista e obstetra Dra. Lorena Baldotto explica que o medicamento consegue tratar a falta de libido feminina. Ele é, igualmente, indicado para tratamento do distúrbio do desejo sexual hipoativo.

“Essa medicação possui em sua composição a substância bremelanotide, que atua em nível cerebral nos receptores de melanocortina. Isso causa melhora do desejo sexual e de sintomas de sofrimento relacionados”, explica. A medicação é injetável, muito parecida com as canetas de insulina e fácil de aplicar. A dose preconizada é de 75 mg/0,3 ml do Vyleesi com seu próprio aplicador, no abdômen ou coxa, 40 minutos antes da relação. “Ele pode causar náuseas e vômitos, não deve ser utilizado duas vezes no mesmo dia, nem mais de oito vezes no mês”.

Viagra feminino: é preciso cautela

A ginecologista alerta que, apesar de o “Viagra feminino” parecer maravilhoso, é preciso estar atenta. Afinal, situações relacionadas ao desejo possuem muitas facetas. Algumas questões ligadas ao relacionamento e a autoestima podem interferir de forma mais profunda na falta de libido das mulheres.

“Além disso, o Vyleesi ainda não foi liberado para comercialização no Brasil. Ele não deve ser usado apenas por mulheres que estão na menopausa e que a falta de desejo sexual esteja incomodando muito sua relação. E o principal: não tome medicamento sem prescrição médica! Para mais informações procure orientação profissional”, alertou a especialista.


20% das brasileiras não cuidam adequadamente da saúde sexual

Questões da maior importância para a saúde sexual da mulher brasileira foram trazidas à tona. Isso foi feito pela pesquisa inédita “Expectativa da mulher brasileira sobre sua vida sexual e reprodutiva: as relações dos ginecologistas e obstetras com suas pacientes”. O estudo, realizado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), em trabalho conjunto com o Datafolha, evidenciou, por exemplo, que dezenas de milhões de brasileiras não priorizam e, consequentemente, não tratam da saúde sexual e reprodutiva.

É alarmante o número de mulheres que não costumam ir ao ginecologista-obstetra (GO): 6,5 milhões. Há, também aquelas que nunca foram ao GO: 4 milhões. Igualmente, existem as que não passam por uma consulta com o GO há mais de um ano: 16,2 milhões. Esse dado inclui o grupo de mulheres que não costumam ir.  Isso significa que cerca de 20% daquelas com 16 anos ou mais correm o risco de ter algum problema sem ao menos imaginar.

Foto: Shutterstock Fontes: R7 e Guia da Farmácia


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