Dar uma atribuição específica ao farmacêutico é uma tarefa difícil, já que a profissão tem ampla atuação dentro do setor de saúde. Uma das descrições mais completas atuais está nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia, publicada pela Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE), em 19 de outubro de 2017.
Segundo o documento, o farmacêutico é “profissional da área de saúde, com formação centrada nos fármacos, nos medicamentos e na assistência farmacêutica e, de forma integrada, com formação em análises clínicas e toxicológicas, em cosméticos e em alimentos, em prol do cuidado à saúde do indivíduo, da família e da comunidade”.
A assessora técnica do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF-MG), Danyella Domingues, vai além. Para ela, o farmacêutico é um profissional da saúde que tem ações voltadas para o uso racional de medicamentos e para eficiência da terapia do paciente. E essa eficiência não está relacionada somente à garantia de que o medicamento fará efeito, mas também ligada ao processo saúde e doença, ao manejo do fármaco e ao contexto social e psicológico desse paciente.
Na prática, o farmacêutico está inserido em uma equipe multiprofissional de saúde, ou seja, se relaciona com o médico e outros profissionais da área, sempre com a meta de trazer qualidade de vida ao paciente. Dentro das farmácias, as atribuições do profissional envolvem atividades clínicas e não clínicas.
De acordo com o relatório “Perfil do farmacêutico no Brasil”, publicado pelo Conselho Federal de Farmácia (CRF), a maior parte dos profissionais (64,1%) que atua em algum tipo de farmácia concentra-se na gestão, executando atividades de controle de estoque e compra de medicamentos.
Na área técnica, a maioria, 89,6%, atua na dispensação de medicamentos. No que se refere às atividades clínicas, 27% afirmaram que prescrevem e 17,8% praticam serviços de assistência farmacêutica.
Fonte: Guia da Farmácia edição 302 – por Flávia Corbó Foto: Shutterstock
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