Paulo Remy, ex-CEO da WTorre, tem cerca de 10% da empresa, onde ocupa uma cadeira no conselho de administração. Segundo a fonte a par do assunto, um fato relevante está sendo preparado para comunicar a operação ao mercado e deverá ser divulgado em breve.
O colunista Lauro Jardim, informou, em edição da semana passada, do jornal O Globo, que a BR Pharma está sendo repassada a Remy por R$ 1. A operação seria semelhante à venda da Leader Magazine, controlada pelo BTG, ao consultor Fábio Carvalho, também por R$ 1.
A BR Pharma vem sendo presidida há cinco meses por Gabriel Monteiro, que foi executivo do Grupo WTorre por oito anos e sócio-diretor na Galeazzi & Associados por mais de 12 anos.
Procurados pelo Valor, BTG Pactual e Remy não se pronunciaram.
A BR Pharma faturou R$ 1,3 bilhão no ano passado, até setembro – a metade do apurado em igual período de 2015. A dívida líquida somava quase R$ 600 milhões em setembro de 2016. Em junho, era de R$ 475 milhões. Fazem parte da rede de farmácias as bandeiras Big Ben (que responde por cerca de 40% de seu faturamento), Sant’Ana, Farmais e Guararapes.
Integrar sistemas operacionais e culturas diferentes provou ser um desafio, talvez, grande demais para BR Pharma, constituída há sete anos e com metade da diretoria originária do mercado financeiro. Antes mesmo do País entrar em recessão, o BTG já avaliava vender alguns ativos da varejista. Em 2015, a varejista acabou vendendo a rede Mais Econômica para a Verti Capital. E no ano passado, a bandeira Rosário para a Profarma.
A Raia Drogasil, concorrente direta da BR Pharma, surgiu há cinco anos da união de duas redes – a Droga Raia e a Drogasil – e mostra trajetória diferente. A integração dos negócios avançou e o grupo é hoje o maior do setor de farmácias do país. Deve somar cerca de 1,6 mil pontos ao fim de 2017.
A BTG Participations, empresa de investimentos de clientes e sócios do banco, tenta vender a BR Pharma e outros ativos. Entre eles, estão participações na rede de academias Bodytech, na empresa de mídia e tecnologia UOL, e na joint-venture de mineração B&A Mineração. No curto prazo, segundo informou o banco recentemente, a Participations não deve fazer mais investimentos com recursos próprios.
Fonte: Valor Foto: Shutterstock
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