Na abertura dos trabalhos do XXI Congresso Iberoamericsno de Doenças Cerebrovasculares foi anunciada a assinatura da Carta de Gramado, que visa reduzir, até 2030, a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis e promover a saúde mental e o bem-estar.
De acordo com Eduardo Davi, no Ministério da Saúde do Brasil, o panorama não tende a ser mudado da noite para o dia, mas estabelecendo esse compromisso cria-se um argumento para de discussão sobre a importância da implementação de uma linha de cuidados em cada território. Dezesseis itens foram elencados:
Proporcionar educação da população quanto aos sinais de alerta, urgência no tratamento e controle dos fatores de risco.
Promover ambientes seguros e saudáveis para estimular a realização de atividade física.
Implantar políticas para o controle do tabaco; estimular a alimentação saudável, para reduzir o consumo de sal, uso prejudicial de álcool e controlar o peso; visando diminuir a incidência de doenças cardio e cerebrovasculares.
Estabelecer estratégias de detecção de fatores de risco tratáveis como hipertensão, fibrilação atrial, diabetes e dislipdemias.
Promover a atenção, visando ao controle dos fatores de risco tratáveis.
Organizar o atendimento pré-hospitalar, priorizando o paciente com AVC.
Priorizar a estruturação de centros de AVC, organizar unidades de AVC com área física definida e equipe multidisciplinar capacitada, disponibilizar tratamentos de fase aguda baseados em evidência, disponibilizar exames para investigação etiológica mínima, promover alta hospitalar para prescrição de prevenção secundária, estimular o uso de telemedicina nos hospitais sem acesso e especialista em tempo integral para orientação do tratamento agudo.
Ampliar o acesso a reabilitação hospitalar e pós-hospitalar.
Capacitar profissionais de saúde, envolvidos na atenção ao AVC.
Estabelecer o monitoramento nacional da prevalência dos principais fatores de risco no país e dos indicadores assistenciais do atendimento ao AVC.
Estabelecer diretrizes nacionais e regionais baseadas em evidências científicas, para o tratamento padronizado do AVC, com atualizações periódicas.
Priorizar a estruturação de redes assistenciais integrais de cuidados continuados ao paciente com AVC ou com fatores de risco par ao AVC, que englobem todos os níveis de atenção, estabelecendo uma linha de cuidado.
Destinar recursos humanos e financeiros para estruturação da linha de cuidado com AVC.
Estabelecer planos nacionais de atenção ao AVC.
Promover troca de experiências entre os países para preparar a atenção ao AVC.
Estabelecer pesquisa em AVC, baseadas nas prioridades e realidades de cada país.
A editora-chefe do Guia da Farmácia, Lígia Favoretto, viajou a Gramado para cobrir o Congresso, a convite da Medtronic. Confira reportagem completa na edição de setembro.
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