Mesmo sem os recursos provenientes da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), que não foi para frente no início do ano, a Blau Farmacêutica planeja expandir em quatro vezes sua capacidade produtiva em um período de três anos.
Para 2018, a projeção é de crescimento da ordem de 18% em seu faturamento. Mesmo com essa expansão, a empresa quer manter seu nicho, que são medicamentes hospitalares. A Blau, que também é dona da marca de preservativo Preserv, reforçou o caixa em R$ 180 milhões com o lançamento de debêntures, em julho.
Os papéis foram encarteirados pelo Bradesco, que não estava entre os bancos coordenadores durante a tentativa de abertura de capital.
Depois dos roadshows com os investidores no início do ano, ainda no âmbito do IPO, a Blau recebeu o “feedback” de que existia uma preocupação do mercado em torno da dependência da empresa em relação a contratos com o setor público.
Entretanto, neste ano, a fatia do setor privado no faturamento cresceu para 54%. Um dos gargalos, para maior expansão junto ao setor privado, era exatamente a falta de capacidade de produção, o que já está sendo endereçado pela empresa.
Depois do aumento da capacidade, a companhia deve mirar também a expansão internacional e um dos mercados foco é o asiático. Na América Latina, ela já está presente em países como Chile, Colômbia, Peru, Uruguai e Argentina, entre outros. No futuro, um IPO deve voltar à mesa, tão logo o mercado se apresente “favorável“.
Fonte: Investe-SP Foto: Shutterstock
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