A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou recentemente a dose fixa de nivolumabe para todos os tipos de tumores para os quais o medicamento está aprovado no Brasil. São eles: melanoma adjuvante, melanoma avançado (em monoterapia ou em combinação com ipilimumabe), câncer de pulmão de células não pequenas avançado ou metastático, carcinoma de células renais avançado (em monoterapia ou em combinação com ipilimumabe), linfoma de Hodgkin clássico, carcinoma de cabeça e pescoço e carcinoma urotelial.
A mudança torna a administração do medicamento mais simples. Antes a dosagem era dependente do peso de cada paciente e agora uma dose fixa padroniza este uso. A aprovação irá permitir o cuidado padronizado do paciente, com a opção de usar nivolumabe na dose fixa de 240 mg a cada duas semanas, ou 480 mg a cada quatro semanas, além de diminuir o tempo de infusão de 60 para 30 minutos.
Benefícios ao paciente
“Para o paciente, estas mudanças trazem maior comodidade. Isso porque com a nova posologia o paciente poderá reduzir sua frequência de idas ao hospital à apenas uma vez ao mês. Outra questão importante é a psicológica e emocional. Reduzir sua permanência no ambiente hospitalar proporciona maior bem-estar e acelera sua reinserção familiar e social. Assim, minimizando o desconforto causado pela permanência no ambiente hospitalar”, avalia a diretora médica da Bristol-Myers Squibb, Dra. Angélica Pavão.
Além do fator emocional, a aprovação também traz ganhos para a sustentabilidade do sistema. Isso porque a redução de idas ao hospital e o tempo de infusão podem reduzir os custos do tratamento para as instituições de saúde e para o sistema.
“Não há dúvida de que essa é a melhor posologia para administrar nivolumabe em todas as indicações aprovadas. Desse modo, facilitando o dia a dia tanto do médico quanto do paciente”, afirma o oncologista Dr. Antonio Carlos Buzaid.
Novo tratamento de imunoterapia
A imunoterapia é um tratamento que utiliza células do sistema imunológico de uma pessoa para combater doenças como o câncer (conhecida também como imuno-oncologia). Isso pode ser feito de duas maneiras: estimulando seu próprio sistema imunológico a trabalhar mais ou de forma mais inteligente para atacar as células cancerígenas ou dando-lhe componentes do sistema imunológico, tais como proteínas do sistema imunológico feitas em laboratório.
O mecanismo surge a partir da premissa do início do desenvolvimento de uma neoplasia, uma vez que quando as células começam a crescer fora do controle, nem sempre o sistema imunológico reconhece as células cancerígenas. Para superar isso, os pesquisadores descobriram maneiras de ajudar o sistema imunológico a reconhecer as células cancerosas e fortalecer sua resposta para que sejam destruídas.
Foto: Shutterstock Fonte: BMS
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