A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) uniu-se a outras importantes entidades do segmento farmacêutico para se posicionar contra a diminuição de custos do programa Aqui tem Farmácia Popular.
Em novembro do ano passado, o governo havia sinalizado a intenção de acabar com o programa, chegando a fechar 400 lojas da rede própria. Agora, está perto de reformular o modelo de pagamento para lojas particulares credenciadas, comprometendo o fornecimento mensal e gratuito de medicamentos para 20 milhões de brasileiros. De acordo com o Ministério da Saúde, o custo seria reduzido de R$ 2,6 bilhões para R$ 1,85 bilhão.
Atualmente, 28 mil farmácias particulares participam do programa, contribuindo para cobrir as lacunas da rede pública na distribuição de medicamentos em 5.600 cidades. Essas farmácias recebem um reembolso do governo a cada unidade dispensada, com base em uma tabela de valores regulamentada na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). Mas, com a redução do reembolso, o acordo se torna inviável, segundo a nota da Abrafarma.
“Os preços sugeridos pelo governo, e que preveem redução de até 60%, não compensam os custos. As farmácias não conseguirão receber menos do que pagam para a indústria”, afirma o presidente executivo da Abrafarma, Sergio Mena Barreto. “O Farmácia Popular é considerado, pelo próprio poder público e por avaliações feitas em todo o país, o mais bem sucedido projeto de saúde pública do Brasil. Mas sem reajustes no valor de referência desde que foi criado e, agora, com o corte proposto, o programa tende à extinção. É lamentável”, acrescenta.
Fonte: Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) Foto: Shutterstock
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